ELIAS E AHAB
CAPÍTULO QUINZE – 16 AGO 21
“Soltaste o homem que eu havia condenado
E porisso, tomarei tua própria vida,
No lugar desse maldito Ben-Hadad!
Igual a vida dos teus responderá
Pela do povo que não foi exterminado!”
Então Ahab viu-lhe a face malferida
E deixou que partisse em impunidade;
A Escritura o seu nome não nos dá.
Tornou o rei a Samaria desgostoso,
Amargurada deste modo a sua vitória
E até mesmo bastante arrependido
Por ter deixado partir seu inimigo,
O qual sabia ser bastante rancoroso,
Que trataria de vingar derrota inglória;
Essa aliança com que havia consentido,
Talvez trouxesse no final grave perigo!
Porem Ahab era um rei supersticioso
E à aliança após vitória se deixou
Conduzir por uma certa compaixão,
Mas também pelo temor de outros deuses.
“Se com Ben-Hadad fora misericordioso
Algum deus estrangeiro que o poupou,
Se ofenderia com sua execução!
Melhor deixá-lo partir com bons adeuses!”
Fora igualmente movido por vaidade
E convenceu a si próprio na ocasião:
“Jeová o Seu poder de novo demonstrou
E todos dizem ser um deus misericordioso.
Se eu poupar meu inimigo, na verdade,
Sobre mim derramará Sua proteção!
Assim um grande sacrifício convocou,
Para agradar a esse Deus tão generoso!
Mas encontrando novamente Jezebel,
Ela afirmou que era Baal que o auxiliara
E de algum modo seu domínio recobrou
Sobre o marido, tão forte no combate,
Mas ao Senhor Jeová pouco fiel;
E desta forma o sacrifício partilhara:
Metade da oferenda devotou
Aos deuses falsos, tal qual novo acicate!
De fato Ahab fez igual que tanta gente,
Que acredita a Deus poder comprar
Ou seus santos e madonas agradar,
Com velas, com ex-votos e promessas.
Contudo, sempre foi homem valente
E a seu povo bem capaz de governar;
Julgar dever a outros deuses agradar
Essa falta principal que nele meças!...
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