A VINHA DE
NABPTH
CAPÍTULO SETE – 23 AGO 21
Ahab, o rei de Israel; e Josafá,
Rei de Judá, estavam assentados
Em dois tronos, com seus trajos reais
Em um campo fronteiro a Samaria,
Onde lugar suficiente se achará
Para os quatrocentos sacerdotes convocados,
Que Jezebel constituíra, após os mais,
Que no Monte Carmelo a mão de Elias mataria.
E os sacerdotes dançavam e cantavam,
Cuspiam fogo e faziam cambalhotas,
Mágicas simples, cada qual à sua maneira,
A sua vitória firmemente proclamando;
Entre aqueles que mais se destacavam,
Se achava um, mais hábil em lorotas,
Zedequias, filho de Quenaná, sobremaneira
Aos demais falsos profetass superando.
E Zedequias tinha uns chifres de ferro,
Metal na época ainda muito escasso, (*)
Que de alguma forma adquiriria,
Após a batalha de Aphek, certamente
Pilhado a algum cadáver e em vasto berro
Profetizava de Baal o forte braço:
“Contra os Sírios estes chifres cravaria
E à vitória te conduzirá potente!”
(*)
Ainda era a Idade do Bronze.
Assim o clero dos sacerdotes de Baal,
Unanimemente nessa falsa profecia,
Em rude coro gritavam e cantavam:
“Sobe a Ramoth-Gilead, que ali triunfarás,
Porque Baal te livrará de todo o mal,
Da Síria todo o poder derreteria
Dos deuses falsos que os Sírios adoravam:
Teus inimigos facilmente vencerás!”
Enquanto havia todo esse alarido,
A Miqueias foi buscar o mensageiro
E o encontrou à entrada da caverna
Em que vivia, como simples ermitão
E lhe falou bem alto a seu ouvido:
“Os profetas proclamaram por inteiro
Desses dois reis a vitória mais superna;
Profetiza o mesmo a nosso rei então!”
Porém Miqueias respondeu-lhe simplesmente:
“Deus Jeová não me enviou a Samaria,
Mas se me pedes, não me posso recusar,
Não obstante, não farei a tua vontade,
Que ao Senhor Deus obedeço totalmente
De Quem somente a voz escutaria;
Só o que me inspirar eu irei falar,
Pois só Jeová tem palavras de verdade!”
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