A VINHA DE NABOTH
CAPÍTULO DEZ – 26 AGO 21
Abertamente a Jeová desafiava
Ou, quem sabe, já se tinha por perdido
E esperava se cumprisse a profecia?
Se tenho de morrer, seja em batalha!
Entre superstição e vaidade ele oscilava,
Prevalecendo o orgulho desmedido
Ou a si próprio então sacrificaria
Esse complexo rei de tanta falha?
Pois certamente era de grande valentia
E o próprio fato de a Deus desafiar
Denotava um certo tipo de coragem,
Mas por que despira suas vestes reais
E num carro sem marca subiria?
De duas maneiras se pode interpretar,
Sendo oficial comum, teria a vantagem
De não ser alvo maior do que os demais.
Contudo, o rei da Síria, Ben-Hadad,
Dera explícita ordem aos capitães.
(A Síria era então rica e extensa
Terceira vez um vasto exército formara).
Que no combate dessem prioridade
Ao rei de Israel em suas ações
E os trinta e dois o buscaram nessa densa
Batalha em que oculto o rei se achara.
Então vendo os trinta e dois a Josafá,
Com suas vestes reais, o atacaram;
Vendo-se o rei no mais real perigo,
Gritou por socorro e perceberam
Que lhe acorriam os soldados de Judá.
Seguindo as ordens do rei, logo o deixaram,
Indo buscar assim outro inimigo
E pelas filas então se dispersaram.
Porém um deles o seu arco retesou
E com a flecha uma junta ele atingiu
Na armadura de Ahab, sem saber
A quem de fato ele alvejado havia!
Porém a seta bem fundo penetrou
E Ahab a seu auriga então pediu:
“Leva-me para fora do combate ou vou morrer,
Profundamente esta flecha me atingiu! (*)
(*)
Esses carros tinham apenas um guerreiro e seu cocheiro.
Subiram soldados para o manter de pé,
Pois não queria afastar-se do combate,
Mas seu sangue escorreu em hemorragia
E nessa tarde morreu o rei Ahab,
Correndo o sangue da ferida até
Empoçar-se no carro e seu engate,
Para o solo em gotas escorria,
Drenando a força do rei até que acabe.
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