quarta-feira, 15 de setembro de 2021


 

A VINHA DE NABOTH

CAPÍTULO DEZ – 26 AGO 21

 

Abertamente a Jeová desafiava

Ou, quem sabe, já se tinha por perdido

E esperava se cumprisse a profecia?

Se tenho de morrer, seja em batalha!

Entre superstição e vaidade ele oscilava,

Prevalecendo o orgulho desmedido

Ou a si próprio então sacrificaria

Esse complexo rei de tanta falha?

 

Pois certamente era de grande valentia

E o próprio fato de a Deus desafiar

Denotava um certo tipo de coragem,

Mas por que despira suas vestes reais

E num carro sem marca subiria?

De duas maneiras se pode interpretar,

Sendo oficial comum, teria a vantagem

De não ser alvo maior do que os demais.

 

Contudo, o rei da Síria, Ben-Hadad,

Dera explícita ordem aos capitães.

(A Síria era então rica e extensa

Terceira vez um vasto exército formara).

Que no combate dessem prioridade

Ao rei de Israel em suas ações

E os trinta e dois o buscaram nessa densa

Batalha em que oculto o rei se achara.

 

Então vendo os trinta e dois a Josafá,

Com suas vestes reais, o atacaram;

Vendo-se o rei no mais real perigo,

Gritou por socorro e perceberam

Que lhe acorriam os soldados de Judá.

Seguindo as ordens do rei, logo o deixaram,

Indo buscar assim outro inimigo

E pelas filas então se dispersaram.

 

Porém um deles o seu arco retesou

E com a flecha uma junta ele atingiu

Na armadura de Ahab, sem saber

A quem de fato ele alvejado havia!

Porém a seta bem fundo penetrou

E Ahab a seu auriga então pediu:

“Leva-me para fora do combate ou vou morrer,

Profundamente esta flecha me atingiu! (*)

(*) Esses carros tinham apenas um guerreiro e seu cocheiro.

 

Subiram soldados para o manter de pé,

Pois não queria afastar-se do combate,

Mas seu sangue escorreu em hemorragia

E nessa tarde morreu o rei Ahab,

Correndo o sangue da ferida até

Empoçar-se no carro e seu engate,

Para o solo em gotas escorria,

Drenando a força do rei até que acabe.

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