HÉRCULES
E OMPHALE
Capítulo
VI
Conforme
já anteriormente foi descrito,
após
a morte de Ofiúco, o mito
relata
que Omphale finalmente o libertou;
porém
também se comentou anteriormente
que
ignorasse fosse difícil, realmente:
só a
contragosto do herói se separou...
Durante
o período clássico, os escritores
consideraram
alegóricos os pendores
de
Hércules, durante a sua escravidão,
que
tudo fosse tão só demonstração
de
como até os mais fortes homens são
facilmente
dominados por feminina devoção!
Também
alguns mitostegos afirmaram
que
fosse Omphale a Pitonisa e explicaram
que Hércules
devia realizar compensação
por
ser tomado por cólera tão viva,
demolindo
Delphos de forma intempestiva,
qual
já agira em mais de uma ocasião!
E
que assim coagido à escravidão
finalmente
aprendesse a sua lição,
que
os Doze Trabalhos não haviam bastado
e em
resultado aprendesse a controlar-se
e
sua força doravante ele empregasse
somente
quando fosse para tal solicitado.
Contudo,
aparentemente foi histórico,
mesmo
mostrado de modo mais simbólico,
que
Tmolus tivesse uma virgem atacado
e
que depois fosse acometido por um touro,
mesmo
sem Ártemis a sofrer qualquer desdouro,
o
mito de Adônis sendo assim originado.
O
episódio em que Iphitos foi assassinado
e
que depois Eurytos se tivesse recusado
a
receber qualquer compensação,
real
deve ter sido também, provavelmente,
mesmo
que tendo sido fantasiado parcialmente:
quebrada
a lei hospitalar nessa ocasião!
Alguns
encontram mais um significado,
porque
em grego “umbigo” é “ônfale” chamado
e
desse modo foi Hércules absorvido
segunda
vez para um ventre materno,
misticamente
a tornar-se assim eterno,
mais
que por Zeus divinizado tendo sido.
Quanto
ao costume de certos lavradores
de
capturar viajantes e, após labores,
em
suas terras os terem assassinado,
parece
ter sido até bem documentado:
ao
espírito da Terra o sangue derramado,
da
Grande-Mãe em seu matriarcado!
Também
é certo que foram os Helenos
que
os sacrifícios humanos, pelo menos
suprimiram
em sua zona de influência,
no
período homérico ocorrido raramente,
salvo
o de Ifigênia, por mais que cruelmente
se
matassem uns aos outros com frequência!
Em
Cnossos e em Lagash da Suméria,
os
reis usavam, em cerimônia séria,
as
roupas da rainha, a quem obedeciam
e
até em Bagnara, Itália Meridional,
as
mulheres dominavam no seio marital
e
ainda há um século os maridos as serviam. (*)
(*)
Bagnara foi colonizada por Lócrios, um povo pré-helênico, que fugiu da
península após a invasão das quatro tribos dos Dórios, Eólios, Jônios e Aqueus.
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