sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

PERGAMINHOS I

O tempo é um poema  e as letras somos nós,
as vidas são a tinta em papel de coração:
existe uma tristeza em cada pontuação,
mas cada frase torna da esperança empós.

Reunimo-nos em letras e mesmo quando a sós,
sabemos ser maiúsculas em plena solidão,
na qual à letra "e" se mostra compaixão
e tudo se reúne na síntese dos nós...

Parágrafos nós somos do velho pergaminho,
embora existam tantos sequer dos rodapés
fazendo parte... e, em tais prosopopeias,

são vírgulas de amor, dois pontos de carinho
e, a cada exclamação, achamos novas fés,
em cujas reticências renovam-se epopeias.


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