quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022


 

 

Capítulo Dois – 22 nov 21

 

Mas certo dia, apareceu um cavaleiro,

vestido em simples trajos de caçada,

mas os arreios do cavalo bem cuidados,

trazendo à cinta uma excelente espada,

dois de seus dedos achando-se adornados

por custosos anéis, mas a trazer pouco dinheiro.

 

Em trote lento chegou até a hospedaria,

sem conhecer quase nada da região:

cuidou o animal e junto ao poço se lavou,

coisa normal, sem chamar grande atenção,

mas muita gente da aldeola se ajuntou

quando entrou no salão a dizer o que queria.

 

Foi logo servido com a refeição normal

e o vinho bebeu que os campônios degustavam,

mas já se via ter diferente paladar

pela maneira como seus olhos se apertavam,

porém de fato sem nada reclamar,

pedindo um quarto, como seria natural.

 

Após a refeição, junto à lareira,

em conversar não achou dificuldade,

os camponeses suas notícias a indagar:

de si não falou, mas contou a novidade

que no reino vizinho, sumira o rei de seu lugar,

seu tio depressa assumindo sua cadeira...

 

“Como assim, ele sumiu?” – Os outros indagaram.

“Ninguém sabe.  Somente que desapareceu...”

Alguns falaram: “Mas que coisa mais estranha!”

“Nem tanto assim.  Esse tio que o sucedeu

dizem que é mago de poderosa manha

e sua mulher de feiticeira ainda chamaram!...”

 

“E por aqui, quais são as novidades?

Vi um castelo que parecia abandonado,

caso contrário teria pedido ali acolhida...”

“Fez bem não indo!  Esse castelo é assombrado!”

Disseram todos.  “Não lhe daria guarida!”

E das lendas lhe contaram quantidades...

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