terça-feira, 19 de abril de 2022


 

 

O MATADOR DE DRAGÕES II – 27 DEZ 2021

 

Como o Rei Pyetsch já bastante envelhecera

e não mais tinha a mesma segurança,

finalmente acedeu, sem mais tardança

e consentiu que as três participassem,

por uma forte guarda protegidas;

Caso entre a multidão permanecessem,

não precisaria mais temer por suas vidas!

Na última hora, já se arrependera,

mas não deixaram que voltasse atrás

e desta forma a permissão não se desfaz!

 

Bem, eu mesmo hoje as acompanharei!

Acabou por decidir-se o soberano.

Não temo monstro, dragão ou ser humano.

Sei que os dragões, mesmo sendo rancorosos

e permaneçam pelo céu à espreita,

muito menos do que eu são poderosos:

mal algum podem fazer-me desta feita!

E assim montou em seu árdego corcel,

para as filhas acompanhar ao carrossel.

 

De fato, a festa prometia correr bem

e o Rei Pyetsch já se tranquilizara,

porém a filha maior se entusiasmara

e começou a dançar em meio à roda

chamando junto a si logo as irmãs;

tão bem dançaram a Kola até a coda,

que as aplaudiram no maior afã

e espaço abriram ainda maior também;

mas de repente, dos montes lá do norte,

começou a soprar um vento forte!

 

E no meio da roda, um redemoinho

se formou, já quase um turbilhão,

tirando as jovens de toda a proteção,

as três irmãs arrebatando para o ar!...

Em vão o rei o vento quis cortar,

sua espada mágica a seu redor girar,

mas o tornado só conseguiu mais agitar

e o vento as carregou em seu caminho,

até as três desaparecerem no horizonte!

Em vão o rei chegou ao alto do monte!...

 

E as transportou muito acima das montanhas,

até que o bravo corcel não pôde mais,

já estava além de suas forças naturais

e entre lágrimas, ficou o rei em desespero,

só bem mais tarde chegando seus soldados,

nenhum cavalo a acompanhar seu parelheiro

e empós o vento foram todos enviados,

mas as distâncias a percorrer eram tamanhas

e os animais já se achavam exauridos,

quaisquer traços das princesas já perdidos!

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