sexta-feira, 30 de julho de 2021


                                       OS REIS E OS PROFETAS

CAPÍTULO DOIS– 22 JUL 21

O RÁPIDO REINADO DE ZIMRI

 

Pois quem no campo de teus filhos morrer,

Ficará igualmente por ali abandonado,

Para que o devorem corvos descendo desde o céu!

Assim Baasha por vinte e quatro anos reinou,

Evitando os combates, para não perecer

E protegendo seus filhos com cuidado,

Dando o comando dos carros e do exército seu

A Zimri e a Omri e em batalha não pisou.

 

Isto o tornou bastante impopular,

Mas pensando em fortalecer o seu reinado,

Um inimigo externo buscou novamente

E em Gibbethon fez cercar aos Filisteus,

Mas como a tropa nunca ia comandar

Fez os soldados alinharem-se do lado

Dos comandantes.  Morreu Baasha, finalmente,

Sendo enterrado com os ancestrais seus. 

 

Elá ou Ielah, seu filho, começou a reinar,

No ano vinte e seis em que o rei Asah

Sobre Judá reinava; mas apenas por dois anos.

Zimri, que seus carros comandava,

Em quem julgava o novo rei poder confiar,

Tinha livre acesso à cidade de Tirzah

E ao rei achou na casa do mordomo, sem enganos,

Em um festim no qual se embriagava...

 

Assim entrou no salão, insuspeitado

E ao rei embriagado degolou,

Matando seu Mordomo Arsa igualmente

E com eles todos os convidados.

Proclamou-se o novo rei; e entronizado

A cada descendente de Baasha exterminou,

Os amigos de Elah e também cada parente

Rapidamente foram massacrados.

 

E para que se cumprisse a profecia,

Proibiu que fossem sepultados

E nas ruas os cães os devoraram,

Enquanto as aves os devoravam ao relento,

Como castigo contra os atos de heresia

Que por Baasha haviam sido praticados

E por Elah, que Baal ambos adoraram;

Mas só por sete dias no trono teve assento.

 

Chegou a notícia até o acampamento,

Em torno a Gibbethon, que comandava

O General Omri, bastante popular

Entre sua tropa, que proclamou-o rei!...

Omri partiu para Tirzah nesse momento;

Percebeu Zimri que a sorte lhe faltava

E o palácio real fez incendiar:

“Aqui sou rei e como rei eu morrerei!...”

 

C

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