sexta-feira, 23 de julho de 2021


 

ROBOÃO E JEROBOÃO

CAPÍTULO CINCO – 17 JUL 21

 

Contudo, enquanto andava vacilante,

Foi a notícia dada a um sacerdote,

Que morava em Bethel, mas não servia

Ao bezerro de ouro ali erguido.

Em seu jumento montou, no mesmo instante

E no caminho encontrou o profeta desse mote

Sobre uma pedra assentado e lhe dizia:

“Vem comigo, que serás por mim nutrido!...”

 

Mas o profeta lhe respondeu então:

“De forma alguma, que escutei de Jehovah:

Volta a Judá por um caminho diferente,

Sem beberes qualquer água no caminho

E muito menos em Israel provarás pão!”

Mas lhe mentiu: “A mim a voz de Deus dirá:

Já perde as forças meu servo diligente

E sustentá-lo tu deves com carinho!...”

 

Não se deixando o profeta convencer,

Seguiu o outro, com palavras mentirosas:

“Se continuares assim fraco, morrerás;

Deus não te disse que deverás voltar?

Pois se de fome ou de sede vais morrer,

O povo enganam com palavras ardilosas:

‘Morreu aquele que perturbação nos traz,

Não é verdade o que veio proclamar!’”

 

Deste modo, ao profeta ele iludiu

E em seu jumento ajudou-o a montar,

Seguindo a pé e a rédea segurando

E chegado em sua casa, o alimentou;

Mas ao comer e beber, o ouro sentiu

De novo a voz de Deus a reprovar:

Pois que a Sua palavra foste desprezando,

O teu retorno Jehovah Deus perturbou!

 

Não voltarás à terra de Judá,

Nem entrarás no sepulcro de teus pais!

Perturbado, ergueu-se velozmente,

Pretendendo retornar à própria terra,

Mas forte leão em seu caminho há,

Que o sufocou como a presas naturais,

Mas não o devorou. Sentou-se calmamente,

Nem do jumento a mansa vida encerra.

 

E ao sacerdote a palavra logo veio:

“O homem de Deus está morto no caminho!

Outro jumento pediu que lhe albardassem

E encontrou o cadáver ali deitado.

Do leão não demonstrou qualquer receio

E o animal afastou-se de mansinho,

Permitindo que ao defunto colocassem

Sobre o jumento para dali ser carregado.

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