sexta-feira, 9 de dezembro de 2022


 

 

HÉRCULES E DEJANIRA V – 6 ABR 2022

(Hércules combate Nessos em ânfora)

 

Do mesmo modo que dos sete que ficaram

em Téspias, segundo o mesmo autor.

Já as forças que foram à Sardenha, dirigidas

por Iolaos, incluíam Atenienses

e facilmente os habitantes derrotaram,

de que o povo da Libya era o originador;

os territórios foram por Iolaos divididos,

que ainda plantou de oliveiras muitos renques.

De fato, tão fértil deixou essa terra,

que foi invadida muitas vezes sem sucesso,

pelos Cartagineses, que alegavam

serem também Líbios e dela terem o direito,

mas sendo repelidos a cada guerra.

Iolaos fundou Ólbia em seu ingresso,

enquanto os Atenienses a Ogtyla fundavam,

sob o domínio de Iolaos seu povo ainda sujeito.

Como seus irmãos Tespianos o considerassem

igual um segundo pai, chamou-os Iolaurianos

e por séculos depois seus descendentes

sacrifícios realizavam em memória

de seu Pai Iolaos, a quem venerassem

como os Persas, em especial seus soberanos,

ao Pai Ciro se demonstraram reverentes;

mas aqui conclui-se sua parte nesta história.

Segundo consta, muitos de seus descendentes,

além da Sardenha, para a Sicília se mudaram,

mas nenhum deles à Grécia retornou.

Quanto a Hércules, seu ânimo furioso

o conduziu a outros atos impertinentes:

em uma festa, bacia de água lhe levaram

para lavar as mãos e um jovem derramou

a água em suas pernas.  Hércules, desgostoso,

esbofeteeou-o com tanta violência

que o rapaz em consequência faleceu;

seu pai Arquíteles, enlutado embora,

logo o perdoou, por ter sido um acidente,

mas Hércules escolheu sua penitência

e partir para o exílio resolveu,

com Dejanira e seu filho Hyllos, sem demora,

buscando a Trácia, cujo clima era inclemente.

 

HÉRCULES E DEJANIRA VI – 7 ABR 2022

Se bem que em casa de Ceyx hospedou-se,

sobrinho de seu amigo Anfitrião.

Esta não foi a sua primeira vez:

depois de às Hespérides furtar

seus Pomos de Ouro, na Arcádia encontrou-se,

quando o escravo Cyathos, em certa ocasião,

vinho serviu-lhe com desfaçatez.

Falou Hércules: “Acho que o devo esbofetear!”

O copeiro suplicou: “Não, meu senhor!”

“Está certo.  Só lhe baterei com um dedo...”

E desse modo, o acertou no rosto,

o suficiente para no solo o derrubar;

porém mesmo controlando o seu vigor,

esse Cyathos ficou com tanto medo,

que faleceu, para de Hércules desgosto,

que julgava estar apenas a brincar!

Aconteceu que durante a sua viagem,

com Dejanira chegou ao Rio Evenos,

que com as chuvas violento transbordara.

O centauro Nessos então se ofereceu:

“Os deuses me nomearam desta passagem

o barqueiro; hoje farei o frete por menos,

porque minha barca o Evenos carregara,

mas em meu dorso sua esposa levo eu!”

Hércules quis saber por que o transporte

dessa maneira lhe sairia mais barato.

“É que na barca ela não se molharia,

mas em minhas costas irá molhar os pés...”

Concordou o herói em lhe pagar o porte

e Dejanira montou, com algum recato,

seu filho Hyllos nos braços levaria

e às palavras do centauro deram fés.

Hércules lançou sua clava e o arco

através do rio, sem maior dificuldade

e se pôs a nadar tranquilamente,

enfrentando sem temor a correnteza.

Mas o centauro nunca tivera qualquer barco,

era apenas um ardil de sua maldade,

pois assim que Hércules já estava bem à frente,

correu de volta para a margem, com presteza!

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