terça-feira, 15 de dezembro de 2020


 

 

AS JOVENS DE ROMA LXXVIII (78)

MASSURIA

 

CHEGOU POR TRÁS DE MIM.  NEM ESPERAVA

ESSA MINHA DAMA DE ORIGEM ESQUECIDA,

UM SONHO DO PASSADO, DA PERDIDA

PRIMEIRA JUVENTUDE QUE GOZAVA.

 

ESTAVA IGUAL.  TÃO BELA ME AGUARDAVA,

TAL COMO ME FUGIRA ANTES NA VIDA.

OS MESMOS LÁBIOS DAQUELA DESPEDIDA:

AGORA O BEIJO QUE ANTES ME NEGAVA.

 

QUE RETOMASSE, NA MATURIDADE

A QUEM NA JUVENTUDE NÃO TIVERA,

FOI GLÓRIA OPALESCENTE DE IRONIA:

 

AINDA BELA, PERDIDA A VIRGINDADE,

A MUSA OPACA DE MEUS SONHOS ERA

QUEM A MEU SANGUE RENOVO ASSIM TRAZIA.

 

TOCAI, SINOS LIVRES!

(Traduzido de Alfred, Lord Tennyson)

 

Tocai, sinos livres, também é livre o céu:

A nuvem voa, a geada é puro véu,

O ano morre, a noite passa ao léu,

Dobrai finados, enquanto morre o ano...

 

Dobrai ao Velho, tangei ao Novo Ano:

Cantai, sinos alegres, enquanto a noite cai,

O ano parte, tangei enquanto sai,

Tocai verdades, enquanto o falso esvai.

 

Tangei pela tristeza, que nos aflige a alma:

À memória daqueles que não mais se veem,

À luta entre os ricos e aqueles que não têm,

Até que a humanidade, enfim, encontre a calma.

 

O original vai abaixo:

 

Ring Out, Wild Bells

                                    By Alfred, Lord Tennyson

 

Ring out, wild bells, to the wild sky,

The flying cloud, the frosty light;

The year is dying in the night:

Ring out, wild bells, and let him die.

 

Ring out the old, ring in the new,

Ring, happy bells, across the snow;

The year is going, let him go:

Ring out the false, ring in the true.

 

Ring out the grief that saps the mind,

For those that we see no more,

Ring out the feud of rich and poor,

Ring in redress to all mankind.

 


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