sábado, 28 de agosto de 2021


 

ELIAS E AHAB

CAPÍTULO DEZ – 11 AGO 21

 

Naturalmente, o rei Ahab poderia

Dentro dos muros da cidade resistir;

Havia cisterna e tinham mantimentos,

Sendo as muralhas altas e imponentes

E a seu redor grande tropa percebia,

Porém sem máquinas de guerra ali assistir,

Escadas a fabricar em tais momentos,

Mas com madeiras verdes e pouco resistentes.

 

Provavelmente com o peso quebrariam

E por mais que os Sírios fossem aguerridos,

Facilmente se defenderia a cidade,

Bastando apenas pontos fracos reforçar.

Porém o Livro dos Reis nos narraria

Que um profeta surgiu, dos escondidos,

De Jezebel escapara à iniquidade,

Que corajoso ao rei foi enfrentar.

 

O Testamento seu nome não nos dá;

É bem possível que fosse o próprio Elias,

De sua missão na Síria retornado

E que incógnito se achava em Samaria;

São dessas coisas que só a lenda contará,

Tão misteriosos os atos em que o vias,

Tanto milagre por ele realizado,

Que astronauta ser até algum afirmaria!

 

Ora, o profeta chegou-se ao rei Ahab,

Quer fosse Elias, quer um outro mais,

E lhe disse: “Ouve a palavra do Senhor.”

Se fosse Elias, seria por certo respeitado,

Talvez embora sua vida então acabe,

Que Jezebel, por motivos naturais

O odiava muito, se bem que o grande amor

Do rei por ela já tivesse se atenuado.

 

Certo é que de Ben-Hadad a exigência

De que lhe fossem entregues as mulheres

Do rei Ahab incluiria Jezebel,

E o soberano a havia considerado,

Para a cidade proteger de sua potência...

Perderá já então Jezebel os seus poderes

Sobre este rei corajoso de Israel?

Ou ele apenas havia contemporizado,

 

Sabendo que nova exigência chegaria

E assim podia consultar o seu conselho

Para a excesso de condições se recusar...?

De qualquer modo, a rainha saberia

E furiosa provavelmente ficaria...

Se lhe dissessem que o profeta velho

Na cidade se encontrava, iria envidar

Todos os meios para a vingança que queria!

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