sexta-feira, 27 de agosto de 2021


 

 

ELIAS E AHAB

CAPÍTULO NOVE – 10 AGO 21

 

Destarte, quando os mensageiros retornaram,

Trazendo a resposta para Ben-Hadad,

Foi ela aceita com o maior prazer,

Porque invadir já pretendiam de antemão

E nem os reis que ali o acompanharam

Se dispunham a dar paz para a cidade,

Pois viajaram para lutar e então vencer,

Destruir a Israel sendo a intenção.

 

Portanto o arauto retornou terceira vez:

“Assim diz Ben-Hadad, o meu senhor:

Façam comigo os deuses e até mais,

Se for o pó de Samaria suficiente

Para as mãos encher destes que vês

Me acompanharem com todo o seu valor;

Essa tropa que hoje trago é até demais

Para arrasar a tua cidade facilmente!”

 

Pois respondeu ao arauto o rei Ahab:

“Não se gabe quem se veste para a luta

Como quem as armas depõe após a vitória!”

Falava assim porque era homem corajoso,

Mas disse o Sírio: “É preciso que se acabe

Essa vaidade com rápida disputa;

Que se preparem as tropas para a glória:

Será bem fácil derrotar esse vaidoso!...”

 

Assim a tropa se pôs de prontidão,

Muitos milhares de soldados bem valentes,

Porém com uma fraqueza claramente:

De nada servem carros e cavaleiros

Contra uma cidade erguida com razão

No alto de uma colina e com potentes

Muralhas a protegê-la firmemente,

Para um cerco defendidas com guerreiros.

 

O rei Ahab poderia desta forma

Simplesmente sua cidade defender,

Com grandes perdas a sofrer, talvez,

Mas nesse tempo não havia canhões,

Catapultas consistindo toda a norma,

Lançando pedras com bem menor poder

E com máquinas de assalto, por sua vez,

Manobradas por tais fortes multidões.

 

Para se vencer um cerco, na verdade,

Seriam muitas semanas necessárias,

Os defensores a morrer de fome e sede;

Mas havendo soldados suficientes,

Tendo as muralhas real capacidade,

Somente após fortes investidas várias,

Se abriria brecha na defensiva rede,

Mortos primeiro os atacantes mais valentes.

 

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