sexta-feira, 13 de agosto de 2021


 

ELIAS E AHAB

CAPÍTULO DOIS – 3 AGO 21

 

Escutou Ahab a palavra do profeta,

Não era a hora dele duvidar

Pois velozmente voltou a Jezreel,

E então a chuva caiu torrencialmente.

Mas tomado pela energia mais secreta,

Correu Elias até o carro ultrapassar,

Mesmo sabendo que a rainda Jezebel

Ordenaria sua morte incontinenti.

 

Ahab havia retornado por ouvir

Sobre a matança de seus sacerdotes,

Tarde demais para impedir, porém;

Mas ao ser mais uma vez advertido,

Retornou a Jezreel, ao pressentir

Que Jehovah do céu derramaria seus dotes,

Mas pela estrada esburacada vem,

Até o profeta em seu ardor tê-lo vencido.

 

Mas a notícia também chegara a Jezebel,

Que ao saber da chegada do profeta,

Uivou de raiva: “Assim me façam

Os deuses se até amanhã não lhe fizer

Igual que fez aos sacerdotes de Bethel!”

Mas o aviso lhe chegou qual uma seta,

Temeu Elias que sua vida caçam

E esqueceu-se do repouso que requer.

 

Veloz ergueu-se para fugir dali

E quando os soldados o buscaram

Não acharam dele nem sequer um traço,

Aproveitando o desabar da tempestade.

Fez a rainha procurá-lo por ali,

Mas os emissários em parte alguma o encontraram,

A enfrentarem do caminho só um pedaço,

Buscando abrigo nessa oportunidade.

 

Quis Jezebel aos soldados castigar,

Mas isso Ahab não lhe permitiu:

“Não percebes que os homens são leais?

Como o profeta achar durante o temporal?

E o povo todo hoje o está a apoiar,

Pois finalmente ele a chuva produziu,

Qual avisou que chegariam vendavais?

Ir contra a tropa causar-nos-á somente mal!”

 

Mas apesar de toda a chuva que lhe vem,

Elias andou até o poço de Beersheva,

Já dentro do território de Judá

E ali deixou o rapaz que o acompanhava;

Para o deserto dirigiu-se a sós, porém,

E além do alcance da chuva o passo o leva,

Quando no deserto água alguma encontrará

E já a sede bem depressa o atormentava!

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