quinta-feira, 9 de dezembro de 2021



 

 

O DEUS SEDUTOR XVIII – 08 nov 21

(Enlil, deus do ar e da respiração)

 

Mas Nimmursaya sob as rochas se escondera,

Lá onde a água doce nunca atinge

E embora ouvisse o vão clamor do ar,

O chamado da Lua, o som do mar,

Que não escuta o tempo todo finge,

Que em seu rancor firme permanecera...

 

Pois não era pelos frutos, certamente.

O coração lhe ardia é de ciúme!...

Quarenta e cinco dias só haviam passado

E três outras Enki havia namorado!...

E remordendo assim seu azedume,

Só queria que sofresse realmente!...

 

Mas a Raposa, que lhe era consagrada,

Pois morava sob a pedra, numa toca,

Foi relatar a Enlil seu paradeiro:

“Eu não a traio, Deus do Ar, bom companheiro,

Mas a sua indiferença não é pouca

E deixará a Terra inteira desolada!...”

 

Assim Enlil,o Deus do Ar, a descobriu,

Mas seu pedido recusou-se a ouvir.

Ânu, seu pai, também foi suplicar,

Foi Sin por uma fenda penetrar,

Shamash, com o calor, chegou a partir

Sua rocha... E mesmo assim, não consentiu!

 

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