sábado, 20 de novembro de 2021


 

 

O DEUS SEDUTOR II – 23 out 21

 

E lá viveu Nimmursaya uma estação,

Enquanto a Roda do Ano ia girando,

Com suas servas Annunaki a costurar

Esse tapete que o mundo faz flutuar

Sobre as águas de Nammu, projetando,

Sem se perder ante o caos da escuridão.

 

Urdu, a Terra, permanecia adormecida,

Enquanto Nimmursaya ia fiando

Cada detalhe da sutil tapeçaria,

Em que morte e doença não incluía

E não havia a velhice perturbando;

Leões e lobos não caçavam pela vida.

 

Não se escutavam das viúvas o lamento

Nem dos feridos e aleijados o gemido,

Mas toda a Terra de pedra era formada,

Salvo os jardins, sem a relva ser criada.

Para si os deuses sempre haviam provido,

De nada mais precisavam no momento.

 

Enki, no entanto, era o Deus das Águas Doces,

Dominador de toda a mágica e magia,

Conservador de toda arte e da cultura,

Que um dia aos homens mostraria a agricultura;

E sobre os rios perpétuos se movia,

Senhor cioso de todas as suas posses.

 

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