sábado, 4 de setembro de 2021


 

 

ELIAS E AHAB

CAPÍTULO QUINZE – 16 AGO 21

 

“Soltaste o homem que eu havia condenado

E porisso, tomarei tua própria vida,

No lugar desse maldito Ben-Hadad!

Igual a vida dos teus responderá

Pela do povo que não foi exterminado!”

Então Ahab viu-lhe a face malferida

E deixou que partisse em impunidade;

A Escritura o seu nome não nos dá.

 

Tornou o rei a Samaria desgostoso,

Amargurada deste modo a sua vitória

E até mesmo bastante arrependido

Por ter deixado partir seu inimigo,

O qual sabia ser bastante rancoroso,

Que trataria de vingar derrota inglória;

Essa aliança com que havia consentido,

Talvez trouxesse no final grave perigo!

 

Porem Ahab era um rei supersticioso

E à aliança após vitória se deixou

Conduzir por uma certa compaixão,

Mas também pelo temor de outros deuses.

“Se com Ben-Hadad fora misericordioso

Algum deus estrangeiro que o poupou,

Se ofenderia com sua execução!

Melhor deixá-lo partir com bons adeuses!”

 

Fora igualmente movido por vaidade

E convenceu a si próprio na ocasião:

“Jeová o Seu poder de novo demonstrou

E todos dizem ser um deus misericordioso.

Se eu poupar meu inimigo, na verdade,

Sobre mim derramará Sua proteção!

Assim um grande sacrifício convocou,

Para agradar a esse Deus tão generoso!

 

Mas encontrando novamente Jezebel,

Ela afirmou que era Baal que o auxiliara

E de algum modo seu domínio recobrou

Sobre o marido, tão forte no combate,

Mas ao Senhor Jeová pouco fiel;

E desta forma o sacrifício partilhara:

Metade da oferenda devotou

Aos deuses falsos, tal qual novo acicate!

 

De fato Ahab fez igual que tanta gente,

Que acredita a Deus poder comprar

Ou seus santos e madonas agradar,

Com velas, com ex-votos e promessas.

Contudo, sempre foi homem valente

E a seu povo bem capaz de governar;

Julgar dever a outros deuses agradar

Essa falta principal que nele meças!...

 

 

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